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Foto do escritorJoana Miguel Meneses

Silêncio e capas traçadas nas Serenatas Velhas: “Fado significa destino”

O centro histórico voltou a encher-se de tricórnios e capas negras, de abraços, sorrisos e lágrimas. Com as ruas da cidade-berço cheias de cultura e tradição, as Serenatas Velhas abriram a Receção ao Caloiro homenageando Guimarães. Este ano, ficou marcado pela atuação, pela primeira vez, do Grupo de Fados da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), Sina.


© Joana Meneses

A abrir a emotiva noite, Tomás Ornelas, Papa da academia minhota, representante do Cabido de Cardeais, órgão máximo da praxe, falou do voltar a ter o Fado num momento como as Serenatas Velhas. “Fado significa destino. Destino esse que é feito de partidas, de chegadas, de adeus, de recomeço”, lembrou refletindo sobre o que significa o Fado na vida de um estudante.


“Dos grandes percursos que temos na nossa vida, o nosso percurso académico é o único que escolhemos voluntariamente seguir. Entramos na universidade porque queremos e já entramos a pensar que é algo que vai acabar. É isso que faz o nosso percurso bonito: sabemos que vai acabar”, disse o estudante referindo as “memórias mais bonitas com as pessoas que mais gostamos” que são criadas ao longo desse caminho.


Duarte Lopes, presidente da AAUMinho, naquela que foi a primeira vez das Serenatas Velhas com um novo grupo de fados da associação académica, referiu que aquele momento marcou o início da experiência de muitos novos estudantes na academia minhota. “A todos os novos estudantes, sejam muito bem-vindos à vossa nova casa, aqui viverão os melhores anos da vossa vida”.


Ser estudante do Minho, acredita, “não é só ser estudante do ensino superior. É cultura, é tradição, é associativismo, é amizade, é compaixão e, sobretudo, partilha”. A mensagem foi clara: “façam estes anos valer a pena e vivam-nos da forma mais intensa possível”. Àqueles que iniciaram, por estes dias, aquele que será o último ano na UMinho, já com certeza que “com os tricórnios e capas negras cheias de saudade”, pediu para que nunca se esqueçam que “esta foi, é e será sempre a vossa casa. Aqui serão sempre bem-vindos e obrigado por serem UMinho”.


Claramente orgulhoso por este início da Receção ao Caloiro, ao Mais Guimarães, Duarte Lopes destacou a afluência, que “foi enorme”. No largo da Oliveira, garante, “não estiveram menos que duas mil pessoas para assistir às Sernanatas Velhas”.


Apesar de “algum receio” que existe, após a pandemia, o presidente da AAUMinho espera que corra tudo bem. “São muitas atividades ao mesmo tempo, muitas questões logísticas que é preciso acautelar, mas contamos, espero eu, com uma Receção ao Caloiro muito tranquila e que corra tudo da melhor forma”, justificou.


Na primeira noite de Receção ao Caloiro, reiterou que “a academia tem muito oferecer que vai além daquilo que é um curso, que é relevante”.

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