A música é parte da vida de Nuno Ribeiro desde sempre, mas foi aos 16 anos que se mostrou ao país no programa The Voice. O quarto lugar no concurso foi a “motivação para começar a trabalhar e a explorar vários estilos musicais”. No próximo dia 14 de novembro apresenta, no Multiusos de Guimarães, aquela que considera ser a “maior produção” que fez, fruto do seu trabalho.
A música esteve sempre muito presente em tua casa. Como é que entraste neste mundo e percebeste que querias mesmo isto?
Coincidência ou não, a minha vida sempre foi rodeada de música. O meu pai sempre esteve envolvido no meio musical, não de forma profissional, mas sempre foi apaixonado por esta área. Desde muito cedo conseguiu transportar essa paixão até mim, ensinando-me os primeiros acordes, dando-me a primeira guitarra e fazendo-me ouvir, desde novo, muita música variada (Rui Veloso, Mariza, Da Weasel…). Com tudo isso, desde sempre senti que estava predestinado a entrar nesta viagem.
Mostraste-te a Portugal com 16 anos, mas já tinhas o bichinho da música. Que balanço fazes da tua carreira?
O The Voice, mais do que visibilidade, fez-me perceber que eu queria fazer da música profissão. Desde aí, comecei a compor e produzir as minhas primeiras músicas, um processo que demorou cerca de quatro anos. Mais tarde, consegui assinar um contrato discográfico com a minha atual editora, Warner Music Portugal. Os últimos dois anos têm sido incríveis porque finalmente consegui que as minhas músicas fossem ouvidas pelo grande público, o que me deixa muito feliz. O meu objetivo sempre foi conseguir tocar as pessoas com aquilo que eu mais gosto de fazer.
Aos 16 anos, o que significa um quarto lugar num programa como o The Voice?
Ficar em quarto lugar, com 16 anos, no The Voice Portugal, foi uma grande motivação para começar a trabalhar e a explorar vários estilos musicais, porque o facto de ser muito novo deu-me a oportunidade de planear tudo com calma e de ir amadurecendo até sentir que estava preparado para lançar o primeiro álbum.
Há alguma coisa que, agora, olhando para trás, farias diferente?
Não, porque acho que tudo o que se faz ou que nos acontece na vida tem alguma razão de ser e, seja bom ou mau, é sempre um bom ensinamento.
Lançaste o single “Tu” em 2018. Como é que foi a reação dos portugueses?
O lançamento da minha música “Tu” foi o início de toda a jornada que tenho vivido. Foi a primeira vez que uma música minha tocou nas rádios nacionais, o que fez com que as pessoas começassem a conhecer o meu trabalho, o que me fez sentir muito realizado por começar a ver que o meu sonho se começava a realizar aos poucos.
Apesar da pandemia, continuaste a escrever e a lançar novas músicas. Sentes que, de alguma forma, o impacto foi outro?
A pandemia deu-me tempo para repensar em muito coisa e para compor novas músicas. Foi durante esse período que lancei a “Tarde Demais”, a “Por Ti” (parceria com Ainoa Buitrago) e que, a convite da Cristina Ferreira, compus e dei voz ao novo hino da TVI. Durante esse ano e meio tentei não baixar os braços, apesar de serem tempos muito difíceis para todos nós e continuei a trabalhar para tentar tirar coisas positivas dessa fase.
Fazes um bocadinho de tudo e até já disseste que gostavas de ter mais contacto com outros géneros musicais. Quais são as tuas maiores inspirações?
Pode-se dizer que as minhas maiores inspirações estão dentro do meu núcleo de trabalho. Todos os artistas, técnicos e profissionais de qualquer outra área que eu admire, tento aprender com eles e tirar o melhor partido da convivência diária que vamos tendo. Com isso, acredito que todos os dias vou aprendendo e vou melhorando um pouco mais.
Também já falaste várias vezes em colaborações. Já há planos para o futuro?
Tenho novas músicas para lançar e colaborações com artistas que sempre admirei e quis trabalhar. Mas isso vão ter de esperar para ver.
Está a aproximar-se um concerto em Guimarães. Há alguma coisa que nos possas revelar? Vai haver surpresas?
Este concerto em Guimarães vai ser um concerto muito especial. Estou a preparar este espetáculo com muito carinho e vai ser a maior produção que fiz até hoje ao vivo. E sim, surpresas também não vão faltar.
O que é que os vimaranenses podem esperar do Nuno e, por outro lado, o que é que tu esperas deste público?
Os vimaranenses podem contar com um concerto cheio de energia e emoção e tenho a certeza que o público me vai transmitir isso também.
Que conselho dás a alguém que tem o sonho de singrar na música?
O maior conselho que eu posso dar é que para alcançar qualquer sonho é preciso ter os pés no chão e ser muito trabalhador. Eu vivo com esta frase presente todos os dias: não vivas o sonho, vive a realidade para alcançares o sonho.
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