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Foto do escritorJoana Miguel Meneses

“Em Guimarães” é um esforço para que “cultura tenha uma forma de chegar mais longe”

A apresentação da plataforma Em Guimarães decorreu esta quinta-feira no Centro Cultural Vila Flor. Adelina Paula Pinto referiu que a plataforma começou antes da pandemia, mas “ajustou-se”. Foram já investidos cerca de 150 mil euros na criação de conteúdos para a plataforma, disse Paulo Lopes Silva.


© Joana Meneses

O esforço é para “que a cultura tenha uma forma de chegar mais longe”. Contudo, a vereadora frisa que esta não é a forma ideal. “A cultura faz-se também muito de relacionamento e de presença”.


Quando em março se reuniram com os artistas de Guimarães, foi pedido “trabalho”. Adelina Paula Pinto frisou que, nessa reunião, os artistas “não pediram subsídios, pediram trabalho”.


Através da plataforma, refere, é, então, dado trabalho “não só a quem está na frente, aos artistas, mas também a todos aqueles invisíveis”.


Um site “agregador que tem esta tentativa de não ser um site do município”


A plataforma Em Guimarães agrega conteúdos que foram gravados durante a pandemia que estão disponíveis na secção “ver agora”. Há ainda uma agenda cultural, designada por “o que fazer em Guimarães”, e uma secção de sugestões de visitas no território, “o que ver em Guimarães”.


Adelina Paula Pinto referiu que “isto é uma coisa que vai ficar”. Há vários artistas que ainda não são conhecidos, mas, através desta plataforma, é criada uma espécie de livro digital com as as performances a que qualquer pessoa poderá aceder em qualquer momento.


Rui Souza (Dada Garbeck), artista convidado, agradeceu o facto de ser dada “voz aos artistas”, referindo que este é um projeto “muito importante para todos os artistas”.

Por norma, refere o músico, “os artistas têm uma dificuldade em produzir conteúdos digitais com qualidade, a nível visual e áudio. São serviços caros” e, por isso, “este serviço veio colmatar esta lacuna”.


O artista mencionou alguns dos aspetos positivos da plataforma, nomeadamente o “chegar a mais público com qualidade”. Através dos site, “os programadores têm acesso a conteúdo mais interessante e com mais qualidade”, o que pode, segundo Rui Souza, “garantir mais trabalho”.


Por estes motivos, esta plataforma tem uma “pertinência indiscutível nos dias de hoje, mas, mesmo que não houvesse pandemia, esta plataforma seria extremamente pertinente”, concluiu o artista.


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